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Trilogia Star Trek: Linha do Tempo Kelvin (2009-2016)

  • Foto do escritor: Pyetro Belo
    Pyetro Belo
  • 18 de abr. de 2021
  • 5 min de leitura


"O espaço, a fronteira final.

Estas são as viagens da nave estelar Enterprise,

em sua missão de cinco anos para a exploração

de novos mundos,

para pesquisar novas vidas,

novas civilizações, audaciosamente indo onde

nenhum homem jamais esteve!"


Eu nunca tinha assistido Star Trek antes. Nunca tinha me interessado e tal. Obviamente eu já conhecia algumas coisas sobre a franquia, como o icônico cumprimento vulcano ("🖖") e o marcante "Vida Longa e Próspera". Devido a grande popularidade da franquia, eu acabei decidindo que iria assistir Star Trek, especificamente a trilogia mais recente dirigida e produzida por J.J. Abrams (Lost, Missão Impossível 3, Super 8, Star Wars: O Despertar da Forca e Star Wars: A Ascensão Skywalker).


Star Trek ficou famoso por causa da aclamada série e o primeiro filme (e as sequências) nos anos 70 e 80. Ao longo do tempo, foi ganhando séries derivadas, mas acabou que ST foi ganhando menos atenção. Até que a Paramount contratou alguns roteiristas que deram a ideia de fazer um reboot de Star Trek e... eles fizeram.


Em 2009, dirigido por J.J. Abrams, estreou Star Trek. Um reboot que conta a história de origem da tripulação icônica da série. Já digo logo de cara que esse filme é muito bom e que talvez ele seja o melhor reboot já feito. Mas por que ele é tão genial?


J.J. nos conta a origem dos dois protagonistas da série clássica, Capitão James T. Kirk e Comandante Spock. Ao longo do filme, são nos introduzidos o restante da tripulação clássica, tudo isso executado organicamente. Ao longo do filme, todos vão ocupando seus lugares no jogo de xadrez. Mas o que torna esse filme genial é o respeito que J.J. possui pela franquia. Ele nos proporciona um reboot que respeira o original e adiciona um gás novo à franquia, através de sua grande reviravolta (e homenagem também). Esse filme homenageia de forma única a série clássica, trazendo fan services muito bem colocados, trazendo um pouco de metalinguagem e cenas que emocionam e arrepiam até quem não é fã de ST, no meu caso.


Em aspectos técnicos, esse filme é impecável. O figurino, que emula os uniformes da série clássica. A maquiagem, fantástica e orgânica (o filme venceu o Oscar de Melhor Maquiagem). O design de produção, muito bem arquittetado. Os efeitos visuais, muito bem feitos. A fotografia, formidável. E a gloriosa e magnífica trilha sonora de Michael Giacchino. O elenco é perfeito.


As minhas ressalvas acabam indo para o roteiro, que é formidável, mas que em certo e específico momento, exige muita suspensão de descrença ao fazer muita forçação de barra. E para a direção de J.J. Abrams, que nunca para sua câmera, usando excessivamente câmera tremida e flares (as luzes que refletem na câmera).


Star Trek, mesmo com algumas pequenas ressalvas, é um glorioso reboot que respeita toda a mitologia iniciada pela série clássica e renova em uma nostálgica e emocionante aventura cheia de ação.


SUCESSO. Fez dinheiro moderadamente na bilheteria, foi sucesso de crítica, venceu um Oscar. Obviamente haveria uma sequência. Em 2013, dirigido novamente por J.J. Abrams, estreou Além da Escuridão: Star Trek. Um filme mais sombrio em tom (e visual também).


Os aspectos técnicos continuam impecáveis (o figurino, a maquiagem, o design de produção, os efeitos visuais, a fotografia, o elenco e a trilha sonora). O problema é que mesmo com esses méritos, Além da Escuridão acaba sendo um filme fraco. A direção já exagerada de J.J. fica mais ainda exagerada nesse filme (flares e câmera tremida excessivamente. Faltava alguém pra dizer pro J.J. pra parar de tremer a câmera. É incômodo). O problema do roteiro do primeiro se expande aqui. Parece uma extensão de tudo o que era ruim no primeiro. Cheio de furos e conveniências. Os fan services do filme se mostram desnecessários. Mesmo assim, ainda é um filme satisfatório.


SUCESSO. Fez bastante dinheiro na bilheteria, foi "sucesso" (com aspas bem definidas) de crítica. Obviamentemente eles fariam um terceiro filme. Em 2016, dirigido agora por Justin Lin (diretor de alguns Velozes e Furiosos. J.J. não voltou pois estava ocupado com Star Wars: O Despertar da Força), estreou Star Trek: Sem Fronteiras.


Excelente filme. Os aspectos técnicos continuam a mesma coisa: perfeitos. A minha grande ressalva com o primeiro e o segundo acabam sendo devidamente executadas nesse filme. A direção brilha com seus ágeis movimentos de câmera e nos proporcionando ângulos jamais feitos na franquia. O roteiro é brilhante e criativo, ao ser fluido e orgânico. O que me incomoda nesse filme é a trama claramente episódica a lá série clássica.


Sem Fronteiras é uma divertida e empolgante aventura que em todos os aspectos, se mostra equilibrado, se tornando o melhor da trilogia (ainda que o primeiro seja o meu favorito).


Tem dois aspectos que, pra mim, são as melhores coisas da trilogia. O primeiro aspecto é o elenco. Todos mandam bem em seus papéis. Chris Pine como Kirk (ele consegue transpor suas inseguranças muito bem), Zachary Quinto como Spock (brilhante e fascinante, ele consegue ser idêntico ao personagem original de Leonard Nimoy e ainda traz um novo frescor ao personagem), Karl Urban como McCoy (ele brilha com seu excelente timing cômico), Zoe Saldana como Uhura (atriz e personagem erradamente subutilizadas), John Cho como Sulu ("are you kidding with me, captain?" muito bom), Anton Yelchin como Chekov (talentoso ator, pena que faleceu antes da estreia do Sem Fronteiras) e Simon Pegg como Scotty (sensacional e sempre bem humorado). O resto é muito bom também.


O segundo aspecto é, com certeza, a trilha sonora de Michael Giacchino. O tema da série clássica é icônico e é um dos mais icônicos temas. A responsabilidade era enorme. Mas Giacchino é o cara (se você não sabe quem ele é, ele é o compositor de Lost, Os Incríveis, Ratatouille, Up, Divertida Mente, entre outros). Ele é um talentoso compositor e aqui em Star Trek, ele manda super bem. Quando você começa o filme e escuta a trilha do Giacchino tocando, você já logo imerge no filme. O motif (tema principal) é glorioso e épico. O leitmotif do Spock (o tema do Spock) é fantástico e emocionante. No Além da Escuridão, temos a introdução do vilão John Harrison. Em sua introdução, há um contemplativo e melancólico tema tocando. Esse é o leitmotif dele. Esse leitmotif possui variações durante as cenas de ação. No Sem Fronteiras, há a destruição do Enterprise. Durante a cena, há uma variação mais trágica e melancólica do tema principal. Trazendo basante emoção a cena... e emoção é marca registrada do Giacchino (vide Lost e Up). Durante o final e os créditos principais, toca o tema original da série clássica mesclado com o motif de Giacchino, deixando o tema mais glorioso do que ele já é.


Um aspecto que os três filmes deixam a desejar são os vilões. Todos eles são bem apresentados, mas no fim acabam sendo apenas vilões patéticos. Como, por exemplo, o vilão Nero, interpretado por Eric Bana, que acaba sendo um vilão genérico. Ou o vilão John Harrison, interpretado brilhantemente por Benedict Cumberbatch, um.vilão fraco, mas interpretado muito bem. Ou o vilão Krall, interpretado ofuscadamente por Idris Elba, um vilão cheio de maquiagem pesada que ofusca a performance de Elba e que acaba se tornando apenas um vilão genérico de Power Rangers, além de que as motivações dele são reveladas tarde demais.


A Trilogia Star Trek da Linha do Tempo Kelvin reapresenta os tão icônicos personagens à uma nova geração. Cheio de ação e coração.


E finalizando esse post, só digo: Vida Longa e Próspera pra você!! 🖖

 
 
 

2 Comments


jeffersonsw1977
Apr 18, 2021

Vida longa e próspera!

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Pyetro Belo
Pyetro Belo
Apr 18, 2021

Espero que tenham gostado

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