Avatar (2009)

Filme épico de ficção científica. Dirigido, produzido, escrito e co-editado por James Cameron (O Exterminador do Futuro: O Julgamento Final e Titanic). Estrelado por Sam Worthington, Zoe Saldana, Stephen Lang e Sigourney Weaver.

Em meados do século 22, os humanos estão colonizando a exuberante lua chamada de Pandora. A expansão da colonização ameaça a existência de uma tribo local dos Na'vi, uma espécie nativa da lua. Os cientistas, para interagir com os nativos de Pandora, utilizam corpos geneticamente modificados dos Na'vi e são operados a partir do cérebro de um humano.

James Cameron é um glorioso diretor de cinema e é um dos mais marcantes, com certeza. Ele dirigiu O Exterminador do Futuro, um dos maiores filmes de ficção científica. Ele dirigiu Alien: O Resgate, um dos maiores filmes de ação e ficção científica e uma das melhores sequências de todos os tempos. Fez O Exterminador do Futuro: O Julgamento Final, filme revolucionário por seus efeitos visuais que literalmente introduziram ao cinema a computação gráfica, ou seja, bem importante. Ele fez Titanic, outra obra-prima do cinema. E fez esse aqui.

O filme que elevou a computação gráfica e a performance de captura de movimentos a outro patamar. Sendo um dos filmes mais caros de todos os tempos (237 milhões de dólares) e o filme com maior bilheteria de todos os tempos (2.847 bilhões de dólares). Várias câmeras foram criadas a partir da produção desse filme. Ou seja, Avatar foi um baita filme revolucionário que impressiona até hoje e tenho certeza que vai demorar muito pra ele ficar datado.

Falando sobre o filme em si. Não tenho o que falar sobre os efeitos visuais desse filme, é sublime como os efeitos são perfeitamente detalhados ou como eles nos imergem nos ambientes (tem uma parte em que o personagem cai de uma cachoeira e parece que eu ia cair junto também, é algo impressionante) ou como eles dão um senso de escala, é absurdo. O visual é digno de aplausos, as cores vivas e vibrantes, o azul em meio ao verde ou o azul em meio ao rosa, é muito bonito. O visual dos Na'vi é muito bonito, cada um se diferencia um do outro. É uma belíssima direção de arte. O filme ainda funciona com seu grandioso design de produção e sua fotografia polida.

O som nos imerge com efeitos sonoros bem mixados e imersivos. A trilha sonora se mostra eficaz ao complementar a já grandiosidade do filme (nunca fui muito fã do compositor James Horner, mas admito que aqui ele compôs excelentemente). O elenco manda bem, destaco Zoe Saldana (a sua performance em captura de movimentos como Neytiri é esplêndida, digna de Andy Serkis, o rei da captura de movimentos), Stephen Lang (ele, com seu físico bruto e seu olhar imponente, consegue nos deixar tensos só com o seu olhar nos momentos de vilania, excepcional) e Sigourney Weaver (maravilhosa como sempre, nem tenho o que dizer). A direção de James Cameron é tudo nesse filme. O cara sabe muito bem fazer cenas de ação de tirar o fôlego e sabe contar uma história como ninguém.

O roteiro é brilhante ao criar uma das melhores mitologias criadas do cinema, a mitologia Na'vi. O roteiro se mostra competente ao discutir temas como civilização, meio ambiente, desmatamento, imperialismo, militarismo e outros temas. O ponto negativo do roteiro, talvez, seja a sua trama batida, que já foi vista em outros filmes (como Pocahontas, Dança Com Lobos e A Missão, por exemplo), o que sinceramente não é um grande problema. Pra mim, o grande problema do filme se encontra em seu ritmo, que não soube dosar muito bem, tornando a experiência cansativa e exaustiva.

Avatar não é um filme. É uma experiência. Uma experiência muito bem dirigida por um bom diretor e uma experiência com efeitos visuais revolucionários. Uma experiência imersiva e que merece ser assistida em uma tela grande e em uma imagem em alta definição, pois assim aproveitará a grandiosa e revolucionária experiência de assistir Avatar.