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Cruella (2021)

  • Foto do escritor: Pyetro Belo
    Pyetro Belo
  • 8 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura


Filme de crime e comédia. Dirigido por Craig Gillespie (Eu, Tonya) e estrelado por Emma Stone, Emma Thompson, Joel Fry e Paul Walter Hauser. O filme gira em torno de uma aspirante a estilista, enquanto ela explora o caminho que a levará a se tornar uma notória estilista em ascensão.


Se trata de uma prequela de 101 Dálmatas que conta a história de origem da diabólica Cruella De Vil (ou Cruella Cruel, na porca tradução do Brasil). O filme faz parte da nova leva dos remakes live-action das clássicas animações da Disney que está enchendo os bolsos do estúdio, mesmo que não sejam tão bons assim (lembro-me da péssima experiência de assistir o remake de O Rei Leão...🤮🤮). Esse que vos escreve não assistiu a animação de 101 Dálmatas e nem o filme live-action com a Glenn Close.


Mas falando sobre o longa em si. De todos os longas metragens remakes live-action, esse foi o que mais me agradou. Uma das razões para isso se encontra no filme da Malévola, que se propõe a contar uma visão diferente dos acontecimentos de A Bela Adormecida, dando a vilã uma história de origem. O que não me agradou foi a tentativa de se transformar a vilã em um heroína incompreendida. É aí que Cruella chega e brilha, pois o filme mostra a origem de uma vilã, não de uma heroína incompreendida, que comete atos de vilã e o filme se mostra imparcial nisso, nós não concordamos com suas ações, mas compramos elas.


O filme traz uma abordagem muito interessante e que, com certeza, é o grande mérito dele: o estilo. O filme se passa na década de 70, na época do movimento punk rock, o que proporciona estilo e personalidade. A direção de Gillespie é dinâmica e estilosa, que brilhantemente usa sua câmera para passear no esbelto design de produção e monta de forma interessante, embora exagerada.


A trilha sonora é maravilhosa, onde predomina as mais famosas músicas dos anos 70, mas que sinceramente parece que veio de uma playlist do Spotify, ainda assim, proporciona uma boa trilha que compõe as cenas (a música original da Florence + the Machine é legal, assim como a trilha incidental de Nicholas Britell).


Mas se tem algo que dispensa comentários é o figurino, feito pela vencedora do Oscar, Jenny Beavan. Cada figurino tem seu charme, eles contam sua própria história, eles são charmosos, estilosos e cheios de personalidade, tanta beleza acentuada por uma excelente maquiagem e boas perucas (há um momento em que fiquei extasiado de tanto figurino bonito, pois além de serem belíssimos, eles sempre ganham uma entrada triunfal).


Outro grandíssimo acerto é o elenco. Emma Stone está poderosa demais, conseguindo ser quieta quando Estella e rebelde quando Cruella (tem um momento que fiquei extasiado, um monólogo só dela, é indescritível o quanto ela manda bem; a menina que faz a jovem Cruella manda bem também). Emma Thompson se diverte pacas, transparecendo uma superioridade mega natural, imponente. Joel Fry e Paul Walter Hauser mandam super bem (principalmente Hauser) no timing cômico, além de terem um papel além do típico "capangas burros" (além disso, eu amei os dois cachorrinhos, principalmente o com tapa-olho).


O problema se encontra na duração excessiva e também no roteiro, que pega uma trama simples (trama do filme = O Diabo Veste Prada + Coringa) e a alonga até não durar mais. Eles podiam ter se aprofundado em algumas questões (que o limite da Disney infelizmente impede), como a psique da protagonista. Os efeitos visuais são terríveis, principalmente no terceiro ato.


Cruella é um divertido longa que subverte as expectativas e nos proporciona uma estilística apoteose com um elenco grandioso. Se trata sim do melhor remake live-action da Disney.



 
 
 

2 Comments


jeffersonsw1977
Jun 08, 2021

👏👏👏

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Pyetro Belo
Pyetro Belo
Jun 08, 2021

Espero que tenham gostado

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