O Grito (2004)

Meus pais estão me mostrando vários filmes de terror que eles gostam. Teve filmes bons, como O Segredo da Cabana e a Franquia Pânico, e teve filmes ruins, como Lenda Urbana, por exemplo. E no dia anterior, meus pais me mostraram O Grito, filme que eles gostam pra caramba e que decidiram me apresentar. O Grito é a refilmagem americana do terror oriental Ju-On. O Grito fala sobre... olha, eu vou ser sincero, eu não consigo resumir esse filme em uma sinopse só. Pois ele possui uma narrativa não-linear.

Agora, eu digo: possuo sentimentos mistos em relação ao longa. Pra mim, o grande mérito e demérito de O Grito é o fato do filme ser frio. Esse filme é frio. Por um lado, ele possui uma direção excelente que proporciona uma atmosfera sombria, dark, pesada e fria. Esse filme é muito pesado (não pesado tipo super violento, e sim atmosfericamente pesado). Mas é tão, mas tão pesado que ele te coloca pra baixo, sabe. E essa atmosfera ficou tão marcante na minha cabeça que eu demorei um pouco pra dormir (esse maldito filme não saia da minha cabeça). Isso foi super benéfico pois fez com que o filme tenha conseguido atingir ao seu propósito. Confesso que gostei da representação do espírito assassino do filme e tal. Os sons que ele faz, os jump scares dele. Gostei.

Por outro lado, eu não gostei da trama, narrativa e roteiro do filme. A narrativa não-linear não funcionou pra mim. O roteiro, além de não ter me interessado tanto, tem falta de lógica. Os personagens são horrorosos, o filme é tão frio que os personagens são frios e acabam não desenvolvendo eles, os tornando personagens unidimensionais (não que isso seja ruim em geral, mas aqui é). Eu acho que o filme é frio até demais, sabe.

O Grito possui uma boa direção e uma incômoda atmosfera, mas infelizmente possui um roteiro e personagens fracos.