Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016)
- Pyetro Belo
- 16 de mai. de 2021
- 2 min de leitura

Filme coming-of-age de drama. Dirigido por Barry Jenkins (Se a Rua Beale Falasse). Estrelado por Trevante Rhodes, Ashton Sanders, Alex Hibbert, André Holland, Jharrel Jerome, Naomie Harris, Mahershala Ali e Janelle Monáe. Vencedor do Oscar 2017, de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante.
Moonlight nos conta a infância, a adolescência e o início da vida adulta de Chiron, um jovem negro e homossexual. Ele nos conta através de três capítulos/atos o crescimento de Chiron e suas dificuldades em relação a sua identidade e sua sexualidade.
O filme aborda temas como identidade, crescimento, negritude, sexualidade e status social. Sendo a principal delas, o tema identidade aborda um clássico dilema que sempre perdura no crescimento, "ser o que sou ou ser o que devo ser?".
Através de três atos propositalmente desequilibrados, nós vemos Chiron crescendo com extrema fluidez, através da edição, do figurino e, principalmente, os atores que o interpretam. Os três atores que interpretam o protagonista (Alex Hibbert, Ashton Sanders e Trevante Rhodes) mandam super bem numa fluidez invejável (é impressionante como eles conseguem parecer o mesmo personagem).
O elenco em si manda muito bem. Além dos três principais, os três atores que interpretam Kevin, o melhor amigo do protagonista (Jaden Piner, Jharrel Jerome e André Holland) são excelentes.
Mas quem simplesmente arrebenta nesse filme é Mahershala Ali e Naomi Harris. Ali interpreta a figura paterna de Chiron, que por acaso é um traficante; ele consegue transmitir uma doce afeição pelo protagonista, mas também uma dureza quando no tráfico. Harris interpreta a mãe de Chiron, uma viciada; ela atua estupendamente nesse filme.
O filme possui uma excelente trilha sonora, que apenas o sublinha, e não o determina. O roteiro é algo indescritível de tão bom, com diálogos excelentes ("In moonlight, black boys look blue") e uma sublime narrativa.
A direção é fantástica, nos proporcionando ótimos ângulos e movimentos de câmera (confesso que fiquei um pouco tonto com os movimentos de câmera em determinados momentos. Uma interessante jogada de direção foi quando um personagem fecha a porta do carro, e a câmera acompanha, presa na porta) e uma direção de elenco excepcional. A fotografia é bela, trazendo cores mais saturadas em um filme que, no convencional, usaria tonalidades mais realistas. O uso do preto e do azul é louvável.
Moonlight é um filme universal que conta de forma poética o crescimento de um jovem negro e gay. Uma poesia em forma de filme.
👏👏👏
Espero que tenham gostado