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Eu Me Importo (2021)

  • Foto do escritor: Pyetro Belo
    Pyetro Belo
  • 14 de mar. de 2021
  • 3 min de leitura


Filme da Netflix. Filme que tinha sido elogiado pela crítica e público e que chegou a vencer 1 Globo de Ouro (Melhor Atriz de Filme de Comédia e Musical para Rosamund Pike). Me interessei por causa disso. Eu Me Importo fala sobre uma curadora de idosos que, quando eles vão para o asilo, ela pega seus pertences de valor e os rouba...até que ela se mete com a idosa errada.


Esse filme é okay, sabe. Ele possui um bom figurino (não sei se estou viajando ou não, mas há um certo foreshadowing; dica do que vai acontecer no filme; no figurino da Marla; a protagonista; no início do filme, onde está usando um figurino vermelho no tribunal, exatamente na audiência de um certo personagem importante... sacou, né?) e um elenco okay (Rosamund Pike excelente como Marla Grayson, entregando uma boa performance e uma boa personagem. Eiza González conseguiu me convencer. Dianne Wiest muito boa. E Peter Dinklage; Tyrion Lannister de GOT; me convenceu com sua cara de mau, mas de resto infelizmente ele não me convenceu).


Ok, lembra quando eu disse que esse filme era okay? Então, é porque esse filme tem problemas terríveis, que se concentram mais no terceiro ato. O filme tem dois primeiros atos bons (com alguns deslizinhos, inhos), mas com um terrível terceiro ato. Terceiro ato esse incoerente e inverossímil. Parece que eles perderam o controle na escrita e se tornou outro filme, um filme forçado e feito de maneira errada. E tem um motivo para o terceiro ato ser assim: feminismo, mas um errado e forçado feminismo.


Vambora, vou explicar direitinho: existe maneiras certas e erradas de se fazer feminismo em um filme ou série. Um exemplo bom de feminismo é o momento Girl Power no último episódio da 2a temporada de The Boys, momento esse que faz sentido e feito de maneira nada forçada. Enquanto isso, um exemplo ruim de feminismo é o momento Girl Power em Vingadores: Ultimato, momento esse forçadaço e um pouco inverossímil (mesmo que a cena seja boa). Infelizmente Eu Me Importo segue a segunda opção, se baseando em um feminismo forçado, incoerente e inverossímil.


Digo mais: no filme, parece que, quando há a grande parte feminista do filme no terceiro ato, há uma escrita preguiçosa e forçada, só para que tudo dê certo para elas, tudo é fácil para elas, é algo que não faz sentido e é incoerente, é forçado, comparado a "sofisticação" na escrita dos dois atos (obviamente o problema não é as mulheres fazendo o troço; obviamente que não; o problema é tudo ao redor delas ser fácil de se resolver, sendo que não deveria ser). Parece que nos dois primeiros atos, os roteiristas sabiam o que escrever, mas quando chega no terceiro ato, eles não sabiam o que escrever e ficaram com preguiça de escrever algo digno. É o jeito errado de se fazer feminismo. Além de tudo isso, o filme tem um final um pouquinho furado (mesmo que ele faça sentido) e uma máfia russa tão burra quanto os Stormtroopers de Star Wars (que máfia é essa, velho?).


Eu Me Importo é um filme que tem boas ideias, bons dois atos, bom figurino e bom elenco, mas um terceiro ato muito ruim e alguns deslizes durante o longa, que tenta ser um filme feminista digno, mas que não consegue ser.



 
 
 

2 Comments


jeffersonsw1977
Mar 15, 2021

👏👏☕

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Pyetro Belo
Pyetro Belo
Mar 15, 2021

Espero que tenham gostado

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