Deixe-o Partir (2020)

Filme neo-faroeste. Dirigido, produzido e escrito por Thomas Bezucha (Tudo por Família e Monte Carlo) e estrelado por Kevin Costner e Diane Lane. Esse filme nos mostra dois avós que tentam encontrar seu único neto.

Se trata de um filme (principalmente) de drama, que se calca também em faroeste e suspense. Drama, por causa de sua trama, que fala sobre família e, principalmente, a perda dela. Faroeste, pois há uma belíssima fotografia que valoruza as paisagens campestres, assim como o ritmo lento e a ambientação digna do gênero (senso de justiça, foras da lei e etc.). Suspense, por causa de sua tensão, construída aos poucos, aumentando ao decorrer.

O roteiro, mesmo não sendo um dos melhores, consegue nos interessar com sua trama e nos faz sentir empatia pelos dois protagonistas, interpretados estupendamente por Kevin Costner e Diane Lane (que curiosamente já contracenaram em O Homem de Aço, onde eles são um casal e vivem em um rancho, assim como aqui nesse filme...) e os desenvolvendo de forma estupenda. O elenco se completa também com a brilhante performance de Lesley Manville, como a antagonista.

Outro aspecto que, com certeza, melhora o filme e torna a experiência bem melhor é a trilha sonora do sempre competente Michael Giacchino. Ele sabe como ninguém criar emoção nas cenas e manuseá-las de forma primorosa. As cordas aqui emulam o fiddle; violino usado principalmente em músicas country. Ele o usa em momentos mais calmos e também nos momentos mais tensos. O seu característico piano, que sempre nos causam emoções (Lost, Up e Divertida Mente que digam), nos ajuda a nos importarmos com os personagens e seus problemas.

Deixe-o Partir é um interessante drama faroeste que cativa pelos personagens bem desenvolvidos, um competente elenco, uma excelente fotografia e uma imprescindível trilha sonora.